Capítulo 5 – Amor pra toda a vida.



     "A cada dia dessa minha vida eu vou amadurecendo aos poucos e assim vou deixando de cometer os erros que cometi em algum momento e tentando corrigir algumas manchas que foram deixadas no passado."
   
    Em certo momento eu conhecera uma garota que eu não imaginava o quão importante e fundamental ela iria ser - nessa época eu ainda era um jovem descobridor. Ainda lembro-me da primeira vez que a vi, de seu sorriso, de seus cabelos lisos e enfim de sua rara beleza. Naquele momento eu ainda não tinha muita experiência em gostar tanto de uma pessoa. Aos poucos, nas brincadeiras e conversas fui ganhando sua confiança e comecei a descobrir que o sentimento que sentia por ela era algo além de uma simples amizade, era um amor jovem e puro.

    Um tempo depois de conhecê-la eu não conseguia mais olhar em seus olhos e não dizer o que eu sentia realmente. Resolvi então tentar descobrir o que ela sentia por mim pra não acabar me magoando futuramente. Para isso tive a ajuda de um bom novo amigo que em pouco tempo se tornou um dos melhores amigos. Eu tentava perguntar de quem ela gostava, onde ele morava, se era do colégio, enfim tentava fisgar alguma dica, buscava alguma brecha em sua conversa.

    Pouco tempo depois dessas conversas sobre sentimentos, quando eu estava chegando ao prédio onde morava a maioria do pessoal que eu me socializava naquela época, meu grande amigo veio voando pra me contar uma novidade que me tornaria o menino mais feliz daquela rua durante o mês inteiro: ele me dissera que aquela menina gostava de mim de verdade. Eu fiquei totalmente desnorteado, sem saber o que fazer e como agir. Nesse dia quando eu a vi meu coração pulsou bem mais rápido que o normal, me deixando cada vez mais apaixonado e sem palavras, me mostrando como realmente era um verdadeiro amor.

    Conseguira finalmente falar com ela sobre tudo isso, expondo todo o sentimento que ficou mantido por um bom tempo dentro de mim. Ela me mostrou também que sentia um imenso sentimento além da amizade por mim e ficamos juntos por algum tempo nos conhecendo cada vez mais, rindo e compartilhando aventuras da vida.

    Por ironia do destino ela se mudara para outro prédio, mais distante, e pouco a pouco fomos perdendo contato. Mas como a vida sempre anda e o mundo sempre gira quem sabe podemos nos encontrar em algum momento, em algum lugar totalmente diferente do passado e a história se tornar melhor do que um dia já fora...

Capítulo 4 - O reencontro.




            Dia normal, vida normal, lá estava eu a observar as páginas de um jornal, coisa que não é tão normal, quando incrivelmente me deparo com uma foto de uma pessoa familiar: naquela simples página eu recordara de muitos momentos passados que já estavam dispersando-se pela minha cabeça, lá eu via uma das pessoas que mais contribuíram com o meu ser.

            É raro encontrar alguém que há muito tempo não temos contato e em meu consentimento imagino que temos de aproveitar esse tipo de oportunidade. Assim, eu resolvi que tinha de reencontrá-la independente de como faria isso. Para minha sorte, havia o nome das pessoas que estavam na foto, facilitando assim um pouco mais a minha incessante busca. Com um pouco de pesquisa através da nossa internet atual eu procurei pessoas que pudessem me indicar como encontrá-la, e para minha surpresa eu descobrira que uma de minhas amigas mais recentes a conhecia, até participava do mesmo grupo de esporte que ela.

            Após essa descoberta, minha amiga que a conhecia resolveu convidar-me para assistir um jogo, que aconteceria em breve, onde eu poderia reencontrar a pessoa que eu andava a procura. Chegado o dia do jogo, eu, após uma árdua procura pelo ginásio, chegara lá mesmo que com algum atraso e assim comecei a assistir aquele excitante e agitado jogo de vôlei, e entre um dos times eu finalmente a encontrara, ela a levantadora do time e a que mais demonstrava o desejo por um bom jogo.

            Fim do jogo, finalmente eu pude realmente reencontrá-la e no ponto crucial demos uma encarada um ao outro, acho que pra ter a certeza absoluta que éramos realmente quem procurávamos, e assim nos cumprimentamos, mas como ela estava cansada após o jogo e já tinha que ir para casa, nos despedimos.

            Mesmo não tendo conversado muito, foi bom tê-la visto pelo simples fato de ver como ela estava e de como ela estava seguindo seu sonho a todo custo.

O amor.

 
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

Arnaldo Jabor

Capítulo 3 - Amigos de infância.


    Passado alguns anos, eu mudara para um bairro onde eu posso dizer que conhecera os melhores amigos, presentes até hoje. Lembro-me daquela rua como se eu estivesse por lá ontem.

    Para minha sorte, minha mãe sempre me ensinara desde pequeno como crescer com responsabilidade e educação, e assim eu tinha a confiança dela e sempre pudera andar sozinho. Assim em meu primeiro dia por aquele bairro eu saí a procura de conhecer novos lugares e pessoas. Descobri que no quarteirão vizinho ao da minha casa, na mesma rua, havia um fiteiro, onde eu poderia comprar doces e que, talvez, por sorte eu conheceria algumas pessoas. Naquela época eu estudava a tarde e tinha a manhã livre.

    No dia seguinte, após a mudança, eu fora naquele fiteiro e comprara algumas coisas, acabara também fazendo amizade com as pessoas que lá estavam. Depois disso, criei costume de ir lá, pelo menos para conversar.

    Após algumas semanas, eu conheci uma amiga de longa data da minha mãe, que morava logo em frente à minha casa e comecei a ficar lá por cima do muro dela, já que o terreno era bem cheio de árvores, o que deixava o ambiente mais frio, sempre com uma brisa leve e gostosa, assim acabei conhecendo um de meus amigos de infância, que morava exatamente na casa vizinha a essa, começamos a conversar e após algum tempo já estávamos brincando juntos (chamarei ele a partir de agora de Sg).

    Pouco tempo depois eu fora fazer uma entrega para minha mãe e acabei conhecendo outro garoto, morador do prédio na esquina do meu quarteirão (será chamado de Fr). Passamos algum tempo conversando e eu fui embora para minha casa, mas marquei com ele de nos encontrarmos no outro dia. No outro dia, acabei levando o outro amigo que conhecera primeiro, também. Feita as apresentações, nos tornamos grandes amigos desde aquele dia.

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Descoberta


    Nestes três últimos dias (data atual), eu andara pensando no que me inspira a escrever tais crônicas. Nestes dias eu também estava à procura de algo que me deixasse relaxado, pois ando muito cheio de compromissos e obrigações, não há do que reclamar, mas eu estava mesmo precisando sair de dentro disso tudo, mesmo que por pouco tempo. Conversara com pessoas de diversos e diferentes estilos tentando perceber como está avançando a nossa sociedade.

    Como de costume o meu mensageiro instantâneo (o famoso MSN) estivera conectado na web, me mantendo sempre em contato com amigos, conhecidos, parceiros, familiares e etc. E conversando com certas pessoas eu descobrira que funciono como um terapeuta online, além de conselheiro. E isso me deixa feliz, porque um dos meus prazeres é deixar as pessoas mais felizes ou, pelo menos, menos tristes.

    Eu descobrira que o famoso “tédio” não só serve para atrapalhar as nossas vidas, na verdade vendo por outros ângulos ele nos ajuda. Claro que dependendo do momento. Sabe por que eu penso isso? Porque ele me ajuda a escrever melhor, a ter pensamentos mais profundos e sensíveis, funcionando como o sentimento de amor, usado muitas vezes pelos poetas. O que quero dizer é que nossa vida funciona como uma gigantesca lógica, usando todas as ferramentas (sentimentos) que ela nos passa, independente de ser bons ou ruins, da maneira correta nós podemos aproveitá-los, e para isso basta apenas descobrirmos no que ele nos fortalece. E se você está se reclamando de que ele não lhe ajuda em nada, digo que você está enganando a si mesmo todo esse tempo, você precisa apenas encontrar nele a lição pra passar por algum desafio na sua vida. Isso serve também para todas as outras dificuldades.

    Aproveito esta postagem fora do contexto do Livro I para agradecer a todos os meus leitores e aos comentários feitos por aqui e pelo msn. Além de agradecer aos meus amigos que me inspiram sempre!

Um grande abraço!

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Capítulo 2 - O crescer e o descobrir.


    Meu crescimento foi formado com várias pessoas de diferentes estilos ao redor, vários tios, amigos, vizinhos. Pessoas que sempre me deixavam mais felizes, mas também que me davam muitas broncas — admito que sempre fui muito traquina, merecedor da maioria dos castigos.

    Aos 3 anos, a idade da gigantesca curiosidade, eu fiz minha primeira descoberta: nunca brincar com energia elétrica! Sempre gostei de encaixar as coisas e ver como elas ficavam só não esperava que ia ficar "de cabelos para o alto" dessa vez. Sabe aqueles garfos enormes para assar carne na brasa, eu olhei para a tomada e vi que ele tinha um encaixe perfeito com o garfo, que pra minha tristeza era todo de ferro, não tinha aquela parte de madeira pra melhor apoio e adivinha, eu, descalço o enfiei na tomada, aí eu acho que já da imaginar o que aconteceu: todos sairam correndo pra um lado e pra o outro tentando fazer alguma coisa pra me tirar daquela fria (ou diria quente), até que meu tio desligou a chave geral da casa e minha descoberta acabou. Eu mal conseguia ficar de pé e meu corpo estava totalmente pulsante. Hoje em dia eu aconselho se você tiver filho(s) a colocar protetores de tomada e borrachinhas nas pontas da mesa, mais adiante você vai descobrir o porquê disso.

    Com o passar do tempo eu fiz outras descobertas agradáveis e algumas nem tanto. Entre elas estavam comer areia, ver se meu tio estava na esquina, escalar árvores, aprender a andar de bicicleta, criar um macaco e um camaleão. — o nome do macaco era Chico, diziam que ele era meu irmão gêmeo, pois sempre estava curiando alguma coisa. Infelizmente ele inventou de mexer numa colméia cheia de abelhas e acabou morrendo. Um dos meus tios ainda tem o esqueleto dele guardado. E o camaleão fugiu.

    Uma das coisas que ainda tem a marca estampada na testa é de quando eu tinha mais ou menos 4 anos. Eu estava deitado no sofá assistindo televisão e um dos meus tios veio e me disse que ia comprar um cofre-porquinho no outro dia, eu comecei a pular em cima do sofá e acabei caindo e por trás desse sofá tinha uma mesa de ponta de vidro e bati a minha testa na ponta da mesa. Eu comecei a chorar e gritar e saí correndo pela casa com a cara coberta por sangue. Até que conseguiram me "capturar" e me levar pro hospital e a única cena que eu lembro lá dentro é de que eu estava numa cama gelada do hospital e aquela sonolência. Quando realmente eu acordei descobri que tinha levado três pontos bem no cantinho da sobrancelha. As pessoas sempre me perguntam o que aconteceu e realmente foi isso. Agora vocês sabem porque as borrachinhas na mesa são tão importantes.

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Capítulo 1 - O Nascimento.



    Nada melhor do que nascer num parto normal, se bem que pra o filho talvez não faça nenhuma diferença mesmo, agora pra mãe já é outra história.
  
    Fico imaginando como era boa a sensação de estar dentro da barriga da minha mãe, acredito que estava sempre me sentindo seguro, bem abrigado, naquela temperatura ambiente que era tudo pra mim.
  
    A vida nem sempre foi fácil pra ninguém, então a minha também não seria a única a ser desse modo. Não nasci em berço de ouro, nem tomando leite Nan. Claro que eu sempre pensei como seria bom ter nascido numa família de classe alta, mas sempre analisando a vida do modo que ela é, creio eu, que minha personalidade sairia bem diferente do que ela é hoje e felizmente pra mim ela é ótima ao seu modo. Todavia, eu almejo conseguir conquistar grandes vitórias bem a frente dessa "jornada", realmente espero que eu consiga conquistar algo de excelente qualidade.

    Bem, algo que sei é que mamadeiras e chupetas nunca foram o meu forte, sempre rejeitando esse tipo de coisa eu preferia viver com o leite materno, algo que hoje em dia aparenta ser uma coisa não muito gostosa, mas que lá no fundo eu sei que aquilo era que me mantia fortalecido e saudável.

    Um ano passara e lá estava eu começando a dar os primeiros passos desta vida, que na verdade já se tornava uma corrida. A dificuldade para mãe de cuidar de um filho ainda tinha grandes obstáculos pela frente, ninguém nunca disse que criar uma criança seria algo fácil. Felizmente para todos, eu cresci normal, sem anomalias e com um raciocínio normal, eu acho.

    Hoje em dia, talvez eu entenda um pouco de como é duro criar um filho e por mais que eu não tenha pedido para nascer, eu entendo que tinha mesmo que seguir as regras e lições que foram passadas para mim por minha família.

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