Capítulo 2 - O crescer e o descobrir.


    Meu crescimento foi formado com várias pessoas de diferentes estilos ao redor, vários tios, amigos, vizinhos. Pessoas que sempre me deixavam mais felizes, mas também que me davam muitas broncas — admito que sempre fui muito traquina, merecedor da maioria dos castigos.

    Aos 3 anos, a idade da gigantesca curiosidade, eu fiz minha primeira descoberta: nunca brincar com energia elétrica! Sempre gostei de encaixar as coisas e ver como elas ficavam só não esperava que ia ficar "de cabelos para o alto" dessa vez. Sabe aqueles garfos enormes para assar carne na brasa, eu olhei para a tomada e vi que ele tinha um encaixe perfeito com o garfo, que pra minha tristeza era todo de ferro, não tinha aquela parte de madeira pra melhor apoio e adivinha, eu, descalço o enfiei na tomada, aí eu acho que já da imaginar o que aconteceu: todos sairam correndo pra um lado e pra o outro tentando fazer alguma coisa pra me tirar daquela fria (ou diria quente), até que meu tio desligou a chave geral da casa e minha descoberta acabou. Eu mal conseguia ficar de pé e meu corpo estava totalmente pulsante. Hoje em dia eu aconselho se você tiver filho(s) a colocar protetores de tomada e borrachinhas nas pontas da mesa, mais adiante você vai descobrir o porquê disso.

    Com o passar do tempo eu fiz outras descobertas agradáveis e algumas nem tanto. Entre elas estavam comer areia, ver se meu tio estava na esquina, escalar árvores, aprender a andar de bicicleta, criar um macaco e um camaleão. — o nome do macaco era Chico, diziam que ele era meu irmão gêmeo, pois sempre estava curiando alguma coisa. Infelizmente ele inventou de mexer numa colméia cheia de abelhas e acabou morrendo. Um dos meus tios ainda tem o esqueleto dele guardado. E o camaleão fugiu.

    Uma das coisas que ainda tem a marca estampada na testa é de quando eu tinha mais ou menos 4 anos. Eu estava deitado no sofá assistindo televisão e um dos meus tios veio e me disse que ia comprar um cofre-porquinho no outro dia, eu comecei a pular em cima do sofá e acabei caindo e por trás desse sofá tinha uma mesa de ponta de vidro e bati a minha testa na ponta da mesa. Eu comecei a chorar e gritar e saí correndo pela casa com a cara coberta por sangue. Até que conseguiram me "capturar" e me levar pro hospital e a única cena que eu lembro lá dentro é de que eu estava numa cama gelada do hospital e aquela sonolência. Quando realmente eu acordei descobri que tinha levado três pontos bem no cantinho da sobrancelha. As pessoas sempre me perguntam o que aconteceu e realmente foi isso. Agora vocês sabem porque as borrachinhas na mesa são tão importantes.

Clique aqui para comentar.

2 comentários:

muito massa lucas
ta ficando interessante!
vamos ver os proximos capitulos!

 

Postar um comentário

Poste aqui sua opinião sobre o post.

Dúvidas, sugestões, reclamações, etc. Devem ser enviadas para o e-mail do blog: drdebordo@gmail.com